Assim como destaca o católico Pe. Dr. Jose Eduardo de Oliveira e Silva, em tempos de sofrimento, perdas ou incertezas, é natural que o coração humano vacile. Diante do caos, da dor inesperada ou das provações persistentes, muitos se perguntam: onde está Deus? Por que Ele permite que tais coisas aconteçam? Nesse cenário de angústia, a fé católica surge não como uma explicação simplista para o sofrimento, mas como uma luz que ilumina o caminho, mesmo na escuridão. A confiança em Deus, cultivada pela oração, alimentada pela Palavra e fortalecida pelos sacramentos, não nega a realidade da dor, mas nos conduz a enfrentá-la com esperança e sentido.
Descubra como a luz da fé católica pode sustentar seu coração nos momentos mais escuros e transformar a dor em caminho de encontro com Deus.
O que a fé católica ensina sobre a confiança em Deus?
A fé católica compreende a confiança em Deus como uma virtude profundamente ligada à esperança e à caridade. Não se trata de uma ingenuidade emocional ou de um otimismo superficial, mas de uma adesão livre e consciente à vontade divina, mesmo quando esta se apresenta envolta em mistério. O Catecismo da Igreja Católica afirma que “a fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele” (CIC 153), o que significa que confiar no Senhor é possível porque Ele mesmo sustenta nossa fraqueza com a sua graça.
A Tradição da Igreja, por meio de seus santos e doutores, mostra que confiar em Deus é escolher permanecer de pé diante da tempestade. Santo Agostinho dizia: “Deus não nos livra de todas as dificuldades, mas nos dá força para vencê-las”. Já Santa Teresa d’Ávila recorda que “nada te perturbe, tudo passa, Deus não muda”. Segundo o Pe. Dr. Jose Eduardo de Oliveira e Silva, esses testemunhos, enraizados na vivência concreta da fé, ensinam que o sofrimento não é sinal de ausência de Deus, mas oportunidade de unir-se mais profundamente a Ele.

Como a oração fortalece a confiança em momentos de provação?
A oração é o elo vivo entre a alma e Deus, especialmente nos momentos em que tudo parece desmoronar. Quando o sofrimento nos cerca e as respostas humanas se esgotam, a oração se torna um grito do coração, um clamor que sobe ao céu e toca o coração do Pai. Jesus mesmo nos ensinou, no Getsêmani, que rezar diante da dor não é fugir da realidade, mas submeter-se ao amor do Pai que tudo vê e tudo transforma.
No contexto da fé católica, a oração não é um ato isolado, mas parte de uma vida litúrgica e sacramental que envolve toda a Igreja. Para o católico Pe. Dr. Jose Eduardo de Oliveira e Silva, rezar com os salmos, participar da Santa Missa, recorrer ao terço e à intercessão dos santos, especialmente da Virgem Maria, nos insere na comunhão dos fiéis e fortalece nossa esperança. A oração nos recorda que não estamos sozinhos, pois somos membros de um Corpo místico sustentado pela graça.
Como a Igreja e seus ensinamentos podem ajudar em tempos de crise?
A Igreja, como Mãe e Mestra, possui um imenso tesouro de sabedoria, espiritualidade e experiência acumulada ao longo dos séculos. Em tempos de crise, ela oferece não apenas palavras de consolo, mas caminhos concretos de fé, luzes que orientam os passos e ajudam o fiel a não perder a esperança. O Magistério da Igreja ensina que “Deus permite o mal para dele tirar um bem maior” (CIC 311), o que implica uma visão teológica profunda sobre o sofrimento e a redenção.
Por fim, a Igreja oferece os sacramentos como canais privilegiados de graça, especialmente a Eucaristia e a Confissão. Participar da Santa Missa nos une ao mistério pascal de Cristo, que venceu a morte, enquanto a reconciliação nos devolve a paz interior. Como afirma Pe. Dr. Jose Eduardo de Oliveira e Silva, os sacramentos são presenças reais do amor de Deus que sustentam o fiel nas tribulações. Assim, mesmo quando tudo parece desabar, a Igreja nos recorda que Deus é fiel, e que a nossa confiança n’Ele jamais será em vão.
Autor: Rodion Zaitsev