Conjunto de operações da cadeia produtiva, do trabalho agropecuário até a comercialização. Assim foi definido o significado da palavra ‘agronegócio’ na década de 1990, quando o Brasil incorporou o conceito, unindo todos os elos ligados à agricultura.
Mas hoje, dia 25 de fevereiro, data em que se comemora o agronegócio, os resultados socioeconômicos dessa atividade transcendem qualquer tentativa de definição. E para falar sobre o agro brasileiro, ouvimos dois ícones atuais do setor: o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e o jornalista José Luiz Tejon, que são unânimes em dizer que a atividade é de suma importância para a economia do Estado de São Paulo, do País e do mundo.
“Quando olhamos o agronegócio como sistema, reunindo esse montante econômico e social, é simplesmente gigantesco. Portanto, dia 25 é também dia do produtor, do extensionista, do pesquisador e de todos que estão envolvidos na produção agrícola, desde a ciência, passando pela indústria até a comercialização”, define Tejon.
E os números comprovam essa magnitude. “O agronegócio corresponde hoje a 24% do PIB brasileiro, gera 30% dos empregos, mais da metade das exportações e 80% do saldo comercial brasieiro”, ressalta Roberto Rodrigues. Para o ex-ministro, o setor tem um valor importante, principalmente, para São Paulo.
Atualmente, o Estado detém o título de principal exportador agrícola do País, respondendo por mais de 17% dos embarques da balança comercial do agronegócio. Em 2023, as exportações paulistas do setor, que foram recordes, somaram US$ 28,39 bilhões, segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).
Segundo o secretário de Agricultura, Guilherme Piai, esses números demonstram a força do agro paulista e, principalmente, do setor sucroenergético que tem contribuído fortemente para o bom desempenho das exportações paulistas. “Nosso objetivo é tornar o Estado de São Paulo referência no uso de energias renováveis e indústria verde. Uma revolução silenciosa está ocorrendo nos campos rurais paulistas, o chamado “pré-sal caipira”, ressalta Piai.
Para José Luiz Tejon, o agronegócio tem potencial para crescer ainda mais. “O planeta hoje se debate com segurança alimentar e energética, mudanças climáticas e desigualdade social. O agro vai resolver todas essas questões, pois temos tecnologia para aumentar muito a produtividade por hectare. É nessa área tropical do planeta que o agro vai se expandir para acabar com essas desigualdades”.
Portanto, neste dia 25 de fevereiro, o agronegócio paulista está de parabéns e tem muito a comemorar, segundo Guilherme Piai, que tem criado e implementado ações públicas em prol da cadeia produtiva de São Paulo. “Por meio dos programas do governo do Estado, o produtor rural paulista tem acesso a seguro, crédito, pesquisas e apoio técnico de todos os nossos institutos. Tudo isso para colocar São Paulo na vanguarda do agronegócio”, afirma.